quinta-feira, 29 de julho de 2010

De alguma forma.

Ando procurando alguma forma de dizer algo sedutor para você e prepotente sobre mim. Sei lá.
Eu poderia dizer sobre meu plano de te levar à Paris e depois à NY. Encostar você na parede e beijar cada centímetro do seu corpo. Fazer você dar o maior sorriso que consegue (seguido de uma gargalhada) e te dar o abraço mais fofo que você já recebeu. Eu dividiria minha cerveja, minha batata frita e passaria o dia vendo filmes abraçada com você. Poderia dizer também que não me importo com seu sobrenome, sua cor, etnia, religião ou algo do tipo. Gritaria ao mundo todo que te amo e foda-se a opinião das pessoas sobre isso. Fugiria com você (e por você), para qualquer lugar e em qualquer momento. Tanto faz, eu diria que, se fosse preciso, largaria tudo e te daria o mundo.
Mas cansei de dizer coisa bonitinha e sentimental, porque tenho conciência de que nada adiantaria. No máximo, você perceberia o quanto está perdendo.


Mas, não... Eu preciso que veja quem você está perdendo.

sábado, 24 de julho de 2010

Desabafo.

Quando digo que sou anormal, eu sei o que digo. Palavras já não constam no meu vocabulário, gritos são válvulas de escapes e absolutamente nada dentro e ao redor de mim tem algum motivo para ser. Vivo em paradoxo infinito, vivi pouco, senti muito; tirei tantas conclusões que estou vazia. Minha alma não silencia seu tormento e meu emocional estrapola em sua inconstância. É frustrante quando duas da manhã o nó que tem no meu peito resolve cuspir frases explicativas, e sem papel ou caneta meu cérebro infeliz resolve apagar para nunca mais todos meus motivos. O meu problema é que não chego a ser gente, sou algo jogado que não consigo definir; corpo são, coração rasgado, mente confusa e alma... alma angustiante, precocemente frustrada, violenta, revoltada, bem querida e mal amada. Isso me torna exigente demais, cheia de úlceras e cafeína; lotada de gritos, abraços fortissímos e agradecimentos fracos. Mas, principalmente, entupida de saudade... saudade do inexistente.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Declaração.

Gritar. Gritar. Gritaaaaar. Preciso urgentemente gritar para os quatro cantos do mundo:

EU NÃÃÃÃO FAÇO SENTIDO, PORRA!

(E NEM PRETENDO FAZER).

terça-feira, 20 de julho de 2010

Dias de Luna. #5

Ela jurou por Deus não morrer por amor.
Mas jurar não viver por amor... Isso ela não faz, não.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Depois do oceano.


Daqui alguns cinco ou dez anos eu irei sumir, juro. Talvez antes disso. Certo dia vou te dizer um "tchau" e um "até depois", e você não saberá, mas esse depois pode demorar à chegar; então você receberá uma ligação a qualquer hora, talvez quando o sol estiver raiando e você com voz de sono... Daí do outro lado da linha ouvirá minha voz dizendo tranquilamente: "Hey! Estou em Paris. Sozinha. E não, não tenho endereço ainda". Você provavelmente perguntará porque não avisei, porque não levei junto, e eu não saberei responder. Não saberei nem porque quero tanto que isso aconteça.
Vai passar uns dias, meses, talvez anos... E você receberá uma carta, com o cartão postal de algum lugar distante, tipo Rússia, Índia, Malibu. Estará escrito: "Penso em você e isso me dá uma saudade!". Então quem se perguntará porque eu parti sem avisar será eu mesma, porque vou querer tanto estar ao seu lado para ver sua reação.

Sei lá, acho que eu iria rir. Mas, certeza que eu iria pensar: "Queria que alguém pensasse em mim desse jeito, mesmo do outro lado dos oceanos!".

terça-feira, 6 de julho de 2010

É isso.

Tenho tanto dentro do peito, tantos gritos desesperados, "te amo" sufocados, xingos amaldiçoados; tenho tanto pra te falar, moça. Tenho uma alma toda pra te dar.
E porque que tem que ser assim? Porque você tem que fingir que não sabe e eu fingir que não ligo? O que há com a sinceridade entre nós, a coragem, a clareza do simples sentir e não sentir? Este sumiço dói, moça. Uma lágrima boba escorre de mim e a angustia toma conta de todo meu coração que já está há tempos apertado.
Porque tive que bancar a criança ousada que adorava brincar com fogo? Porque tive que ir mexer com coisa que meu coração não aguenta calado? Justamente eu, que nunca gostei de brincar com bonecas, agora brinco com sentimentos.

(E o mais doloroso: meus sentimentos.
Eu, você, todo universo).


P.S.: Textos raros por aqui, quanto mais eu sinto, menos consigo tirar de dentro de mim.