sábado, 25 de dezembro de 2010

Promessas de meia noite.

Olha, eu prometo que ano que vem serei uma das melhores alunas em química, física e matemática. Porque esse ano as pessoas se mostraram tão complicadas e indecisas - e mesmo assim eu sobrevivi à elas (na verdade, ando sobrevivendo ainda) -, que os números e elementos são muito mais simples e objetivos pra mim agora.

sábado, 6 de novembro de 2010

O que está entalado.

Só pra desabafar mesmo: aquele dia que eu falei que eu havia cansado e iria embora, tudo o que eu queria era que ela dissesse algo do tipo "mas você é minha, lembra?". E tudo o que ela fez foi me incentivar à sair. Merda!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Às vezes o que eu vejo, quase ninguém vê.

Duas e cinquenta e dois da manhã, quarta feira, vinte de outubro de dois mil e dez. Horário de verão, frio de uma madrugada brasileira qualquer. Sem sono, sem insônia. Precisamente, duas doses de calmante e uma xícara de café.
Eu ainda tenho telefone em casa (ainda, porque divido a casa com duas pessoas), mas não quero que toque. Não quero que nunca toque. Prefiro continuar ouvindo apenas a música e lendo algum conto por aí. Sabe, tenho mania de adorar obras de gente morta, quase um vício, salvo umas excessões. Digamos que sou um zumbi que sustenta o vampirismo, é.
A minha janela está semi-aberta e não sei se alguém passará pela calçada, sei que as folhas da árvore estão graciosamente fazendo ventar sobre todo o seu redor, e meu cabelo está indiferentemente frizzado. Vai chover, tomara que chova. Me dá vontade de sair por aí e tomar um café em qualquer lugarzinho vinte quatro horas. Acender um cigarro, um incenso e acordar uma cartomante.
Não sei. Tenho uma nítida impressão de que as pessoas são feitas pelo vento. Deixo ele encher meus pulmões e me empurrar para qualquer lugar.


Em tempos mortos é tão mais fácil escrever sobre as coisas ao seu redor, as coisas que tempos atrás, não percebia.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Dois anos de blog.

Só para constar, nunca deixaria em branco.

domingo, 17 de outubro de 2010

Coisas de balanceamento.

Posso até parecer quebrada, frágil, doente, neurótica, fracassada. Mas somente eu sei o preço que paguei por isso, e valeu o fato d'eu saber que pelo menos pulei no precipío sem ter medo de ter o vento batendo no meu rosto.

P.S.: Quando penso que fui uma completa imbecil, lá vem Pessoa sussurrar de novo em mim: "tudo vale a pena se a alma não é pequena".

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Só porque há cores.

Sabe, me acho pesada.
Não de balança, não de banha. Mas pesada de alma mesmo. Peso tal que tudo é intenso, tudo é mais concentrado, mais radicalizado, mais mortal, mais vital. Li uma vez que os animais não são capazes de amenizar sentimentos, então quando um animal sente, ele sente de verdade, com todo o peso da alegria, da tristeza, do desejo. Os seres humanos conseguem amenizar tudo isso, conseguem sentir em uma intensidade menor, não sofrem tanto. Sei lá, lendo aquilo me senti uma animal irracional, aliás, me sinto assim até hoje.
O que reclamo e o que me alegro não chegam nem na metade do que realmente sinto, e quando digo que está tudo doendo, é por que dói de verdade. Lá no fundo, entende? Num lugar que não sei explicar ao certo. Dói porque meu coração está extremamente machucado de amar errado. Essa ladainha toda de ter um ou outro gostando de mim e eu morrendo de amores por quem não sente absolutamente nada. É um porre.
Jurei para mim mesma que não irei mais escrever dela. Ela nem anda falando comigo, e eu venho aqui para falar dela? De novo e novamente? Por Deus, me sinto ridícula.
Existem cores no mundo, entende? Cada sentimento é uma cor, cada pessoa é como se fosse um pixel disso tudo. Por mais que branco e preto sejam bonitos e tudo mais, existem cores. Ora, o que acabo de escrever? Sei lá, oras. Sei que o amor é o filmezinho francês em branco e preto, todos desejam ter um desses em casa e acabam esquecendo do resto. Do churrasco no feriado, da amiga indecisa, do amigo satânico, da tia religiosa. Do que te faz rir.
Já viram filmes franceses em branco e preto? É uma guerra. Lindissímo, mas tão diferente da Disney, onde tudo acaba feliz. Existe medo, bebida, cigarro, tapas, sexo, choro, ciúme. É amor, puro amor em forma de filme. Faz com que (sofrer por) amor seja bonitinho e fascinante, mas na realidade, dói. Machuca, cansa, se torna patético, é uma merda. E mais um monte de coisas.
Sei lá. Tudo o que queria era escrever algo leve, mas não acho que consegui. Assim como nunca consegui fazer alguém me amar por algo doce que escrevi.

P.S.: Desculpem o peso, mas escrevo somente com a alma, e isso não sei mudar.
P.S. do P.S.: De forma prepotente, entendo como Caio e Clarice (sobre)viveram. Eles viram o que outros não viram. Viram que há cores no mundo. Há co-res, felizmente.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Não precisa ser vidente, meu bem.

Chorarás, falarás até irritar todos ao teu redor, sorrirás forçado, ouvirás música tola, pensarás em se matar durante todas as noites frias, perderás a razão, odiarás sem motivo, correrás além do horizonte, andarás sem parar, tomarás chuva para tentar limpar tua alma, beijarás bocas totalmente estranhas, beberás, tentarás esquecer todo santo dia.

Conseguirás.

P.S.: sei do que estou dizendo, de verdade.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Amor demais dá nisso.

Juro que venho todo dia tentar dizer algo, mas é realmente complicadissímo escrever qualquer coisa quando tudo em você insiste em somente abraçar aquela pessoa e ficar repetindo: Eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo...

domingo, 19 de setembro de 2010

Gostava tantos das borboletas.

Sabe o auge do fascínio gelado? É quando você se torna capaz de ler Caio F. Abreu e se indentificar com frase por frase, queixa por queixa. Com o café, a nicotina, o olhar distante pela janela de qualquer lugar, o travesseiro ensopado, a música repetida, o telefone mudo por opção e a agonia quando há pessoas ao seu redor.
Toda o misto de raiva e tédio quando as pessoas dizem que amar alguém é bom e te faz bem e blá blá blá. Por Deus (ou pelo Diabo, tanto me faz), quando você ama e a pessoa fica em cima do muro, só fazendo besteiras e aparentemente frio.. Bom, isso não é uma propaganda de Trident ou Sonho de Valsa. Isso dói, sufoca e machuca. E a sua única saída é desistir, porque se você não desiste, você descobre que o amor errado é como borboletas ao contrário. No começo, elas voam no seu estômago te fazendo sonhar. Aí elas vão virando larvas se alimentando de você (com a mísera esperança de crescer), e te impedem de dormir.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Coisas estúpidas.

  1. Brasileiro é engraçado. Reclamam que os políticos enganam e são uns filhos da puta, mas cá entre nós, tá tudo mais do que na cara. É só reparar no horário eleitoral: sorrisos forçados, planejamentos fantasmas, difamações e influenciamento de opinião pública. Ah, acima de tudo: Está tudo maquiado, o que não está, é - no minímo - horroroso.
  2. Se você não percebe o quanto a pessoa que você ama não te merece, você é um coitado. Se você percebe quão imbecil essa pessoa é por não te amar, você é um prepotente.
  3. Você sendo sincero, é grosso. Sendo simpático, é falso.
  4. Quando você acha que não tem paciência com a sociedade, vem mais um ano eleitoral.
  5. Amar errado faz com que tudo fique errado: quando você quer chorar, ninguém tem real paciência. Quando quer realmente esquecer, o mundo inteiro vem perguntar do seu amor.
  6. Será que compensa fazer cartazes dizendo: "procura-se antiga expiração para escrever." ?????

Dá ou não vontade de mandar tudo para o raio que o parta?

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

de janeiro à janeiro.


(De janeiro à janeiro. Roberta Campos/partitura Nando Reis)


Ei, ouve isso.
Diz tudo o que se passa nesse meu coração estúpido, já que eu simplesmente não sei dizer; agora essa coisinha atômica que trago dentro do peito está um bebê birrento e eu sei que não posso fazer nada por ele.
Olha, tanto faz. Dane-se.
Ouve isso, e promete que acreditará em cada verso. Juro, meu coração somente se acalma quando ouço essa música porque sabe que algo no mundo o entende. Algo o salva dele mesmo.

(Já que não tenho a voz de quem ele precisa).

sábado, 4 de setembro de 2010

Ironizando uma irônia. Adoro.

Acho hilário. As pessoas se lembram de exigir notas, status sociais, dinheiro, sorrisinho e puxa-saquismo; mas se esquecem totalmente de exigir comportamentos civis.

*Civis, não do tipo que cumpre a lei à risca, mas sim quem consegue (no minímo) se distinguir d'um orangotango através da civilização.

domingo, 29 de agosto de 2010

Sei lá.

Sei lá. Tudo começa e termina com um "sei lá" gigantesco. E entre tudo isso existe o possível. A possível repetência, possível ditadura, possível ignorância, possível existencia, possível futuro.
A possibilidade não existe por conta da falta de. Também não existe por que fulano não te quer ou por que ciclano não se decidiu.
Veja bem: você não pode pedir reciprocidade amorosa, sexual, fraternal ou qualquer coisa; mas quando alguém não tem reciprocidade sincera por você, é porque não existe consideração nenhuma com a tua alma frustrada. Se não há consideração, não deveria haver absolutamente nada.
E você se encontra (de novo) no deserto de almas de Caio F.

domingo, 22 de agosto de 2010

Porque a vida não é um filme.

Ultimamente ando sincera demais, sabe. Com tudo e todos. Mais impulsiva do que sempre fui. Agora em toda boca tem alguém dizendo que pessoas geniais conseguem dar qualquer recado com pouquissímas palavras. Já fui assim, modéstia a parte; mas, sei lá. Ando calma demais, e assim vou percebendo que quando não perdemos o oxigênio, acabamos nos perdendo de nosso gênio.
Há tempos sinto falta dela mesmo ela estando próxima, uma certa dose de intocabilidade. Não ligo. No final tudo dá certo, protagonistas vivem juntos; acaba com um beijo ou um abraço. Foda-se se quer distância agora. Sempre haverá um barzinho qualquer, um maço de cigarros e uma xícara de café. A Torre Eiffel não vai perder o brilho, a chuva vai se repetir nos próximos cinco, dez, vinte anos. E meus braços não se importarão de esperar o final, para abraçá-la e perceber que todas noites em claro valeram a pena, toda esperança em tê-la do meu lado ao acordar em Paris e viajarmos para NY como presente de aniversário.
Brigaremos muito, nos detestaremos muito, mas tempo depois... Todo dia vai ser abraço, sorriso, beijo, orgasmo.

Mas daí vem a minha parte sincera e racional me assolar novamente, sussurrar no meu coração:

- Relaxa e esquece, baby. A vida não é um Hollywood. (Veja mais filmes franceses, seu tolinho).

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Bem que poderia.

Vamos combinar? Você faz o café e eu faço as rimas.
Nós vamos dar certo desse jeito. Será doce e suave. Café e rimas é certeza que dará tudo certo.

"- Mas e o resto?
- É, existe todo o resto... Não, não daríamos certo, então."

Ah, droga! Bem que poderia existir um mundo que, para tudo dar certo, somente importasse café e poesias. Será que existe?
Se existir, eu darei um jeito de ir até lá.
E você, meu bem... você iria junto comigo (viver um mundinho de blues, sexo, poesias e cafeína).



Combinado?

(O nome desse blog me inspirou, ok. *-*)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Algo assim.

Eu sei, sou pouca demais, pequena demais. E não digo somente no sentido literal da palavra, digo nas entre-letras dela. Me refiro às ranhuras, arranhões, pequenos espaços vazios; não tenho a certeza que agora falo dessas duas palavras, talvez eu fale de mim mesma. É como se toda anarquia da minha mente, toda violência da minha alma se rebaixasse ao choro e obediência partidária de um coração partido. Coraçãozinho teimoso e cego. Astuto, embora.
Não sei. Faço sentido para alguém? Agora está tudo dentro da minha cabeça gritando: "Diga isso!", "Faça aquilo!", "Fuja, garota!", "Não, não. Fique e insista, sua covarde!". E o que faço?
Me fecho em mim, com meus desamparos, meus gritos e minhas guerras pseudo-racionais. Lá fora também ouço uns gritos, umas exigencias apressadas, uns consolos, umas broncas.
Consigo lembrar quando te mandei uns dos diálogos mais lindos de Caio F. Abreu, quando ouvia uma música do Tequila Baby que me fazia lembrar você - não porque você gosta de rock, mas porque eu gosto e isso também me salva -, quando eu acordei desesperada às 3:43 da manhã e em plenos 8ºC eu, descalça, me preocupei se iria te encontrar ali acordada ou não.
Não, não exijo muita coisa em troca; não vou jogar na cara de ninguém o que meu coração resolveu me mandar. É que, de algum modo e em algum lugar, eu queria que você me mostrasse o sentido para toda esta sua falta de sentido, lógica, sentimento.
Enquanto não acho, procuro algo útil para repetir à mim mesma. Algo assim:
- Vai doer, menina. Mas vai passar, vai passar, vai passar, passar, passar...

sábado, 14 de agosto de 2010

O meu problema.

Sabe o problema?
É que eu preciso estar aqui, com as pessoas de sempre, as matérias de sempre, os livros de sempre, a chatisse de sempre, a aversão de sempre e a rotina massacrante de sempre. A sarjeta está proxima demais, o asfalto, a cara de tédio e o computador. A nicotina de sempre, meu bem. Na verdade, queria te falar algo que seja válido antes que o fogo chegue no filtro e não dê para aproveitar o bom sabor de um Marlboro. Mas, sei lá.. Parece tão mais fácil deixar tudo queimar, deixar essa insistência escapar e toda minha doce esperança se esvaziar.
Sabe porque? Porque pior que ver as caras estúpidas de sempre, é te querer o tempo todo e receber essas tuas atitudes de sempre.

Pra ser assim, meu bem, meu rock'n roll e minha dose dupla me deixam tão menos sós.



(Então, crianças, se vocês forem ao Mc Donald's e não quiserem mais comer, não comam! Porque senão vocês podem terem os textos de escritorazinha mal amada da década de 40 em plena França. Isso não é legal! E o que não é legal mesmo, é que enquanto você dá esse recado, você percebe que no fundo, o que você escreveu é realmente a tua realidade! =/).

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pois é.

Tem muita gente barroca, oca, louca, rouca. E eu, sem meu coração no lugar, me torno tão pouca.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Meu cabelo? Sumiu, baby.


Eaí? O que acharam?
Passei máquina dois hoje... adoorei!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Poderia chover.



Escreveria algo bom, bonito e romântico. Mas, olhe, está ventando demais, o céu escuro, ciscos voando na minha direção; e não chove, nem uma gota d'água escorre ali do infinito. E eu gosto tanto de chuva, dessa sensação tranquila das gotas escorrendo e tirando todo pó que sufoca.

E, não, essa descrição não se refere somente ao tempo lá fora.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

De alguma forma.

Ando procurando alguma forma de dizer algo sedutor para você e prepotente sobre mim. Sei lá.
Eu poderia dizer sobre meu plano de te levar à Paris e depois à NY. Encostar você na parede e beijar cada centímetro do seu corpo. Fazer você dar o maior sorriso que consegue (seguido de uma gargalhada) e te dar o abraço mais fofo que você já recebeu. Eu dividiria minha cerveja, minha batata frita e passaria o dia vendo filmes abraçada com você. Poderia dizer também que não me importo com seu sobrenome, sua cor, etnia, religião ou algo do tipo. Gritaria ao mundo todo que te amo e foda-se a opinião das pessoas sobre isso. Fugiria com você (e por você), para qualquer lugar e em qualquer momento. Tanto faz, eu diria que, se fosse preciso, largaria tudo e te daria o mundo.
Mas cansei de dizer coisa bonitinha e sentimental, porque tenho conciência de que nada adiantaria. No máximo, você perceberia o quanto está perdendo.


Mas, não... Eu preciso que veja quem você está perdendo.

sábado, 24 de julho de 2010

Desabafo.

Quando digo que sou anormal, eu sei o que digo. Palavras já não constam no meu vocabulário, gritos são válvulas de escapes e absolutamente nada dentro e ao redor de mim tem algum motivo para ser. Vivo em paradoxo infinito, vivi pouco, senti muito; tirei tantas conclusões que estou vazia. Minha alma não silencia seu tormento e meu emocional estrapola em sua inconstância. É frustrante quando duas da manhã o nó que tem no meu peito resolve cuspir frases explicativas, e sem papel ou caneta meu cérebro infeliz resolve apagar para nunca mais todos meus motivos. O meu problema é que não chego a ser gente, sou algo jogado que não consigo definir; corpo são, coração rasgado, mente confusa e alma... alma angustiante, precocemente frustrada, violenta, revoltada, bem querida e mal amada. Isso me torna exigente demais, cheia de úlceras e cafeína; lotada de gritos, abraços fortissímos e agradecimentos fracos. Mas, principalmente, entupida de saudade... saudade do inexistente.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Declaração.

Gritar. Gritar. Gritaaaaar. Preciso urgentemente gritar para os quatro cantos do mundo:

EU NÃÃÃÃO FAÇO SENTIDO, PORRA!

(E NEM PRETENDO FAZER).

terça-feira, 20 de julho de 2010

Dias de Luna. #5

Ela jurou por Deus não morrer por amor.
Mas jurar não viver por amor... Isso ela não faz, não.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Depois do oceano.


Daqui alguns cinco ou dez anos eu irei sumir, juro. Talvez antes disso. Certo dia vou te dizer um "tchau" e um "até depois", e você não saberá, mas esse depois pode demorar à chegar; então você receberá uma ligação a qualquer hora, talvez quando o sol estiver raiando e você com voz de sono... Daí do outro lado da linha ouvirá minha voz dizendo tranquilamente: "Hey! Estou em Paris. Sozinha. E não, não tenho endereço ainda". Você provavelmente perguntará porque não avisei, porque não levei junto, e eu não saberei responder. Não saberei nem porque quero tanto que isso aconteça.
Vai passar uns dias, meses, talvez anos... E você receberá uma carta, com o cartão postal de algum lugar distante, tipo Rússia, Índia, Malibu. Estará escrito: "Penso em você e isso me dá uma saudade!". Então quem se perguntará porque eu parti sem avisar será eu mesma, porque vou querer tanto estar ao seu lado para ver sua reação.

Sei lá, acho que eu iria rir. Mas, certeza que eu iria pensar: "Queria que alguém pensasse em mim desse jeito, mesmo do outro lado dos oceanos!".

terça-feira, 6 de julho de 2010

É isso.

Tenho tanto dentro do peito, tantos gritos desesperados, "te amo" sufocados, xingos amaldiçoados; tenho tanto pra te falar, moça. Tenho uma alma toda pra te dar.
E porque que tem que ser assim? Porque você tem que fingir que não sabe e eu fingir que não ligo? O que há com a sinceridade entre nós, a coragem, a clareza do simples sentir e não sentir? Este sumiço dói, moça. Uma lágrima boba escorre de mim e a angustia toma conta de todo meu coração que já está há tempos apertado.
Porque tive que bancar a criança ousada que adorava brincar com fogo? Porque tive que ir mexer com coisa que meu coração não aguenta calado? Justamente eu, que nunca gostei de brincar com bonecas, agora brinco com sentimentos.

(E o mais doloroso: meus sentimentos.
Eu, você, todo universo).


P.S.: Textos raros por aqui, quanto mais eu sinto, menos consigo tirar de dentro de mim.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Dias de Luna #4.

Elevador semi-vazio, ela e mais outro. Ambos indiferentes, ambos do 15º andar para o térreo. 10º andar. Pâni de energia.
Uma hora entre quatro paredes friamente metálicas; um suspiro.

Moço: Cansaço, né moça?
Luna: É...
Moço: Queria estar numa praia, com uma cerveja gelada, deitado na rede.
Luna: Cerveja é bom. A Stephanie March também.
Moço: Queria sê-la, né?
Luna: Ter. É o verbo mais adequado.



Se todos tivessem essa sinceridade.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Bobagens (perfeitamente) esquizofrênicas.

Lembro-me que eram um bando de máquinas. Invenções de todos os tipos. Criadores e criaturas circulavam, demonstravam, apelavam. No meio estava uma daquelas invenções cômicas, abistratas e curiosas, com uma placa dizendo: "Máquina do Amor Perfeito".
Ri, balancei a cabeça negativamente e entrei. Entrei pensando "bobagem, bobagem, bobagem! Amores perfeitos não existem!".
A máquina, para minha surpresa, era vazia, metálica, temperatura ambiente. Romântico? Em lugar nenhum. Sentei ao chão e dei uma gargalhada. Que tolice eu estava fazendo? Metais e vácuo não geram amores, perfeitos então? Faça-me rir. A porta se trancou automaticamente, por tempo indefinido, sei lá... Me restava suspirar (de tédio talvez).
"Aha, amor perfeito.. Hum!" - resmungou uma vozinha na minha cabeça.
"Escolha!" - desafiou a outra.
"Escolher o quê, criatura?"
"A pessoa certa para você!"
"Não existe! Pessoas são incertas, amores inalcançáveis."
"Sim, existe! Princípes, que te ajudem a cozinhar, sejam amorosos, sorriem sempre, te mantêem magra. Mas, vamos lá! Se quiser, pode ser princesa também. Eu não ligo!"
"Sinceramente? Não quero isso, não. Que assunto bobo, de gente ilusória!"
"Típica pessoinha cética, você!"
"Não é ceticismo, coléga. É simples opinião. Beleza vale, prefiro loiros, médios. Mas se você quer amor, qual é a importância da aparência? Quero mesmo uma pessoa de verdade. Que brigue comigo porque deixei salgadinho sobrando por frescura, ou porque comi demais e não sobrou. Quero que me contrarie, grite, me infernize. Alguém que eu possa descançar minha cabeça em seu ombro no final do dia; que divida a cerveja, a alegria e a tristeza. Dê gargalhada dos meus errinhos bobos, me dê moral nos tombos mais feios. Mexa com minha cabeça, descontrole meu sistema nervoso e abale minha frequência cardíaca. Pessoa perfeita é quem grita que me odeia, diga adeus, nunca mais, no final volte atrás. Me dá a mão, o braço, o abraço; e vire pros seus amigos e diga: "É ELA!". A pessoa perfeita é tão imperfeita que não será inalcançável, estará lá do meu lado."
Não houve réplica.
Acordei.
Minha cabeça estava zonza, meu coração batendo diferente. Bocejei. Que inferninho era aquele dentro da minha cabeça? Quantas pessoas gritavam lá dentro? Perdi a conta.
Pensei. Sorri. Não era tão inferninho, era somente minha pessoa menos ilusória procurando válvulas de escapes no meio de um caos emocional, ao meio de pedaços de coração partido e gritos decepcionados.
Levantei da cama e pensei: "Bobagem, bobagem, bobagem! Máquinas de amores perfeitos são bobagens".
Ri.
"Amores, somente amores.. não são."

terça-feira, 15 de junho de 2010

Leveza, por favor.



Leia ouvindo. (Janis Joplin - Mercedes Benz)

Por vezes não parece, mas gosto de pessoas doces e sinceras. Não tão sinceras, elas podem contar mentiras boas e bobas... isso eu não ligo. Mas, por Deus! Quero ser mais leve. Mais doce. Mais tranquila. Quero ter coragem e sorte, quero não me contrariar tanto comigo mesma. Oh, há listas e listas do que eu queria ser e não sou; do que eu deveria.
Eu surto. Surto mesmo e muito. Quando estou brava, eu falo na cara (ninguém precisa adivinhar). Mas, não fico irritada com facilidade. Haha, pode rir da frase anterior.. Mas não é ironia e nem piada. Fico cansada, puta, entediada; mas irritada de sair berrando e estapeando? Isso raramente.
Fico na minha e pronto. Não mexo com as pessoas à torto e direito. Mas se quiser me ver irritada é ficar me enchendo, me sufocando. Vamos combinar? Eu não cuido da sua vida, portanto não cuide da minha, oras!
Tenho muito mais de Macabéa do que aparento. Tenho menos de Luna Lovegood do que pensam. Ou talvez sou o misto das duas, sei lá eu.
Tenho mais cafeína no sangue do que qualquer coisa, tenho inúmeras frases misturadas no cérebro. Sou lotada de sentimentos, e mesmo assim sou vazia vazia vazia. Paradoxo.
Inquieta e fala muito. Quando resolvo ficar quieta, é silêncio mortal da minha parte (e isso acontece muitas vezes em meio de diálogos. Quero me calar e pronto). E não tem motivo pra intensidade de cada coisa, eu simplesmente não me meço. Sou feita de extremos.
Tenho a imensa impressão que aparento seriedade e chatisse. Mas sei lá, não me acho simpática, me acho educada. Se chegarem mais perto perceberão que não me importo para opinião alheia, aceito brincadeiras de boa e não sou nada séria (nadinha!).
Só não me venha com preconceito e ignorancia, isso não! Quer ver conseguirem me deixar puta de verdade, sou eu ouvir pessoinha falando merda sem saber, ver gentinha com pré- conceitos inflexiveis. Enfim.
Mas, como ia dizendo... Gosto mesmo de pessoas doces e situações claras, igual Caio. E, bom, eu realmente só queria ser menos tensa, menos densa. Só leveza, não sei se é pedir muito.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Viver, errar, acertar. Algo do tipo.

Qual sua idade? 10? 15? 20? 30? 40 ou mais? Quantas vezes você já errou? Quantas vezes magoou e foi magoado? Quantas vezes já caiu jurando nunca mais se levantar e já se levantou falando que nunca mais iria cair? Quantas vezes disse que aprendeu e não erraria mais?
Não importa. A vida consiste em errar, e o ser humano pode aprender com o erro, mas ele volta a fazê-lo. É engraçado até, porque você se fode o tempo inteiro e o máximo que você faz é descobrir caminhos mais aprimorados para fazer besteira. É a vida. Uma hora você sabe, diz que repetir aquilo é insanidade. Duas horas depois você esquece, se entrega ao erro de uma maneira mais intensa que antes (e segredo: você é o único que não percebe isso!).
Inúmeras vezes falta coragem e insanidade para nos permitirmos sentir de novo, expor nossa ferida ao líquido, sem saber se é água benta ou vinagre.
E é por isso que vemos mais pessoas se entregando ao erro com medo de errar. As pessoas morrem emocionalmente, se tornam tolas e cortadas. Mas se elas se levantam e olham adiante, se tornam julgadas.
O que esquecemos é que no final estaremos todos fodidos, em todos sentidos da palavra. Ficamos quietos e seremos esmagados pelo peso da vontade, do que deveria ter sido feito e não foi. Falaremos, agiremos, seremos... e viveremos por um triz de toda conseqüência que houver.
Mas por que é tão difícil mandar esse medo para a puta que o pariu? Porque nos esquecemos que o maior de todos riscos nós já cometemos: o óvulo disse sim ao espermatozóide, e depois disso, o resto é pura conseqüência.
Então, meu bem, viva. Porque a vida é cheia de errinhos, e o maior de todos eles é não viver.


P.S.: Se você acertar. Se você achar o amor da sua vida. Se você for feliz. Você com certeza não poderá dar créditos ao seu medo estático. Por tanto, se movimente o mais urgente que puder.

P.S.S.: Ganhei seliiinhos! Valeu pessoal! Vou colocá-los em dia. :D

terça-feira, 8 de junho de 2010

Argth!

cansei de surtar, surtar de verdade. cansei de sentir vazio no meio do peito quando você me bloqueia. cansei de ouvir suas promessas e acreditar.
Vai pro inferno! você e a repetição de burrice que você ocasiona dentro de mim quando volta a falar comigo.

cansei de me rastejar por você, porra!

foda-se!

Dias de Luna #3

Para algumas pessoas duas explicações não bastam; para outras, meias palavras bastam.
Para ela, nenhuma palavra já é o suficiente.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Pelas coisas que acredito.

Posso parecer desconfiada, desconfiável, porra louca e esnobe. Posso parecer qualquer coisa que você quiser, mas eu sou de verdade tudo aquilo que acredito, acredito tanto que parece uma reza silenciosa, coisa que ninguém vê.
Acredito em perdão sincero, acredito em amor real e acredito em abraço forte. Acredito que um sorriso muda o dia de qualquer pessoa (e dependendo de que dia for, muda a vida inteira), acredito naquele fiozinho de esperança que só você procurar que acha. Acredito em felicidade, em brilho no olhar (e para isso não precisa estar apaixonado por alguém), acredito que para tudo se dá um jeito. Acredito que as pessoas tem um lado chato, bobo, feio... mas que elas tem um outro lado interessantíssimo (ou não). Acredito que pessoas me cansam, que eu me canso, e isso não me impede de ver o lado bom dos outros e de mim mesma. Acredito em anjos e demônios, em meias verdades e em mentiras sinceras. Acredito que uma pessoa se torna interessante pelo tamanho da sua confusão existencial e não pela sua clareza de ideias.
Mas principalmente, acredito em coisas boas e bobas. E deve ser por isso que não sigo muitos padrões, que não sou muito normal e nem tão original.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Dias de Luna #2

Porque ela queria ser igual Kate Walsh, ter a desenvoltura da Joplin, a profundidade da Lispector, a divindade da Hepburn, a criatividade da Rowling e a sensualidade da Jolie.

Ela queria tanto, mas tanto.. que nem reparava que atrás daquela imagem espelhada existia um pouco de cada uma.

sábado, 29 de maio de 2010

Dias de Luna. #1

Ela nasceu com uma necessidade enorme de afeto e cuidado. Também nasceu com uma necessidade maior ainda de se livrar dessas duas coisas.


Vê que estranho.

domingo, 23 de maio de 2010

Certas histórias dentro da História.

Pra dizer a verdade, não sei mais o que é insanidade e nem mesmo a tal da igualdade. Eu queria escrever História, mas parece que a História parou e não sei mais se poderei dizer que Ela voltou. Que ela voltou. Tudo é fato passado e esse tipo de calendário vale mais que um centavo. Quanto vale o centavo na primórdia burguesia do eslavo? Quanto valeu a dor no seu primeiro amor? O seu perfume não me atinge, a dor não mais persiste, você é calendário passado e nem por isso vale mais que um centavo. Até quando as pessoas vão ligar se o telefone vai tocar o um amor vai passar? Amor é uma história, mas eu necessido da História para o vento agitar e a alma nunca parar.


(E eu quero amor pro meu sangue circular.)

sábado, 22 de maio de 2010

Como sobreviver a 15 voltas da Terra em torno do Sol

Olá pessoinhas infelizes que leem esse blog, CALMA!,aqui é a Mandy, a BFF da honrrada escritora desse blog. (gelaram agora achando que a marry ia xinga vcs née?!)

Pois bem,vamos direto ao porque de eu(mandy suprema e absoluta) estar aqui......É QUE HOJE É O NIVEEEER DA MARIA RITA DE CASSIA LEONARDO(agora quem quiser sequestra ela ja tem o basico,o nome completo) *-----*

E agora te darei as dicas de como sobreviver a 15 voltas da Terra em torno do Sol de acordo com a vida da Marry:

  1. Seja paciente pois você terá de passar mais de um mês internada no hospital logo após nascer; (viram como a vida dessa garota do reggae é dificil desde o começo?!)
  2. Aprenda a aturar piadas sobre seu tamanho desde pequenininha;
  3. Se mude pra cidade mais CU DE MUNDO que existe depois de Santa e Cordeiro,a capital do tédio RIO CLARO;
  4. Entre para uma escola nazista,mas antes lembre-se de se certificar de que TODOS os professores e coordenadores dela te abominem;
  5. Faça o maximo possivel,e impossivel também vagabundo,para NÃO se matar;
  6. Para melhorar um pouco sua vida e impedir um suicidio,conheça as melhores alunas(os) da sua escola nazista e faça uma amizade para a vida toda com elas,você realmente vai precisar disso;
  7. Agora você começa a ir em varios shows punk com sua BFF, se fuder legal e chapar até cair,mas não ligue, show punk é bom de qualquer jeito;
  8. E por fim(pq depois de 7 lições ja devem ter se passado 15 anos),comemore o a sua festa de debutantes numa pizzaria engordando e bendo coca,porem fumando L.A. escondida do lado de fora pra no fim cada uma ir pra sua casa e você no dia seguinte dar um bolo na sua BFF e NÃO IR COM ELA NUM SHOW PUNK COMO MANDA A LIÇÃO 7! ¬¬


Pronto gente bunita,agora vocês ja podem deixar de serem emos e aprender a sobreviver a 15 ah vc ja sabe!
Porque não há melhor pessoa do que a minha BFF pra falar de uma vida de Conrrado(eu só me fodo nessa merda,oe!) e como sobreviver a ela =)
Beijooos da Mandy que alias ainda vai aparecer MUITO aqui,então pode ir se acostumando.

domingo, 16 de maio de 2010

Nauseante estrelar.

Ela vomitou estrelas e formou constelações no céu de corações perdidos, essas estrelas se amontoavam no infinito assim que saiam da sua boca, então ela parava, sentia, e tinha alergia ao seu próprio interior externo, então espirrava e toda aquela luz se espalhava.
Ela era tímida ao seu próprio poder, então corria, corria, corria. Corria de si mesmo e dos outros olhos a admirando e reluzindo suas estrelas. Ela corria até achar um cobertor mais próximo, então cobria seu rosto e engolia seu vomito. Ela se escureceu, se definhou, se matou. Os outros somente ficaram sentindo um brilho utópico... Até se achar uma outra nauseante estrelar.


.Porque eu não quero fazer sentido

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Corpos.

Quero que fique bem claro:
Não acho que ser forte, alto e belo seja significado de um corpo resistente e poderoso. Acho que corpos poderosos são aqueles que conseguem segurar dentro de si grandes pessoas. O poder deles deveria ser medido pela grandeza que guardam, medido pela sede de liberdade, expansão da mente e, principalmente, pela grandeza de sua alma. É, grandes almas dentro deles... esses sim são verdadeiros Titãs.

sábado, 8 de maio de 2010

Amor é prosa, poesia ou nenhum dos dois.

- Ah, baby, baby. - Repetia o moço com cigarro na mão e aguardente na outra.
- Não tem nada o que falar, não? E pare de fumar, faz mal pro pulmão! - Avisou uma nerd qualquer e impaciente.
- Ter, eu tenho. - Deu uma tragada e soltou na direção da menina, só por provocação. - Mentira, acho que não tenho, não. Eu sinto muito e penso muito, sabe?
- Eu também penso muito, leio também... Acho que sinto, nos livros tem muito sentimento.
- Ai, Deus! Você acha que sente somente porque leu tal coisa em tal lugar... Só de pensar que existe pessoas assim.
-...
- Não me faça cara de ofendida! Você já sentiu o amor? Mas, assim: sentir de chegar a doer, e você não encontrar lugar que ele esteja... Talvez porque você o sente em todo lugar de si?
- Ah... amor dói por acaso, sr. Nicotina? Pois saiba que se você lêsse, perceberia que amor é lindo, deixa o mundo cor de rosa e você flutua.
- Você anda lendo o quê, ser humano? Se você lêsse algo que preste saberia que amor deixa o mundo cor de rosa lá no raio que o parta! Há exemplo maior do que Camões dizendo: "Amor é fogo que arde sem ver, é ferida que dói e não se sente, é contentamento descontente."?
- E isso não é lindo? - perguntou mais afirmando do que qualquer outra coisa.
Ele tomou um gole da aguardente, suspirou e disse:
- Vejamos: "Contentamento descontente". Me explique onde é lindo. Faça o favor, isto sim que é frustração!
- Ahá! Então já perdeu um amor? Já amou e não foi amado? Já não amou e foi amado?
- Tudo isso, Sherlock Homes. Mas não quero mais falar sobre amor, sabe? De Camões a Meyer, de Ramones a grupo de pagode... Todos já disseram algo, já tentaram entender, e toda essa baboseira. Cansa tudo isso, menina. Cansa você simplesmente não ter o que dizer sobre qualquer coisa.
- Mas é normal! Acha que um dia vou aprender o que é isso de verdade?
- Acho, sei lá.
- Mas e se eu não aprender? Tipo... eu sei tantas coisas, serei tão importante, as pessoas prestarão atenção nos meus discursos e me acharão tão correta. E se me perguntarem e eu errar sobre o que é o amor, moço?
- Tudo bem, oras! A própria Rita Lee não sabe que o amor pode ser muito mais pagão do que cristão.
Falando isso o moço deu de ombros, jogou fora o cigarro e bebeu a aguardente.
A menina fechou o livro que estava em seu colo e entendeu que o homem nem queria mais assunto, não devia ter o que dizer.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Frustração (talvez) poética.

Escrevendo versos sem nexo
sobre antiga paixão frustrada,
enquanto pessoas sem sexo
se procuram em toda madrugada.
O que me sobra é um interno bélico
de quando todos choravam suas dores,
comandada pelo meu coração cético
cansando de todos futuros amores.
Sei que pareço uma alienada
no meio de tantos patéticos,
no tempo em que a mente foi alagada
por um bando de sentimentos diabéticos.
As entranhas estão cheias de problemas amadores,
mesmo que tente não escrever texto desconexo,
tudo pode até se resolver com flores,
pena que meu coração é dislexo.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Twitter.

Me (per) siga.

@bazzinga22

Resolvi fazer.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Visão sintética.

Sem rima poética,
metida num mundo apático,
aquela garota patética
cheia de sentimento asmático.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Só podia ser comigo. ¬¬'

Aviso prévio: Quem não quer-não gosta-religião não permite-acha um horror ler palavrões, aperte Alt+F4 e descubra a América.

_____________________________________________________

Nossa! Cara, eu tenho tanta, mas taaanta sorte que não custava nada eu ter deixado o espermatozóide do meu lado passar na minha frente, porque seria somente alguns segundos na pré-vida de bondade, né?! Mas nãããão! Eis que fui rápida (eu? rápida?! sinceramente, os espermatozóides do meu pai deveriam ser a lerdeza suprema então.) e ambiciosa, e aqui estou. ¬¬'

Pra começar, terça passada resolvi ir no centro, normal. Assim: A meeerda da minha educação física começa às 14h (na terça) e minhas aulas acabam 12:30h, sendo que eu ficava na escola nesse meio tempo, com o povinho que ando, comendo, bebendo, rindo (ou não), zanzando de lado pro outro e tals. Ok, então naquele dia tivemos a brilhante ideia de ir até o centro, que é uns 2 Km (atenção: meu senso de distância não é confiável. sério.), e tem que atravessar a avenida principal; como somos jovens revolucionariamente preguiçosas chegamos à conclusão de que sabemos atravessar ruas, e não vimos nenhum perigo psicopata-obssecivo nisso. Lá fomos nós na hora do almoço. Eu, Mandy, Fee e Ge nos lançamos à ardua caminhada rumo às barraquinhas legais da pracinha principal em pleno sol da uma hora; sendo que eu a-v-i-s-e-i minha mãe um dia antes que talvez eu fosse pra lá na hora do almoço, mas horas depois descobri que ela simplesmente não ouviu-esnobou-esqueceu o meu comentário.
Como disse antes: estava sol, então estava quente, ok? E minhas blusas de uniforme estavam para lavar, então naquele único dia fui com uma regata qualquer e o moletom do uniforme pra escola, ninguééém iria ver, e estava frio de manhã. Eu, como não sou besta nem nada tirei meu moletom assim que passei do portão pra fora da escola, não ia suar igual um pinguim em Ipanema, né? Tá, gente... Uma coisa que não entendo: estava na RUA, VIA PÚBLICA, USO ROUPA QUE QUERO, DEMOCRACIIIA², qualé o problema de eu andar com minha regatinha velha na hora do almoço?! Pois bem, parece que meu colégio (e o mundo todo) vê to-do problema nisso. Porque eu não faço ed. física, mas sou obrigada a ficar quietinha sentada na arquibancada lá da quadra vendo aula e a Mandy também é o mesmo caso, então enquanto a Fee e a Ge saíram correndo pra escola antes das 14h. E eu e a Mandy ficamos indo beem devagar, e daí sentamos na muretinha da calçada da av. principal, pertin pertin da escola; digo, sentamos: Mandy, eu e minha regata-que-não-é-do-uniforme-beeijos. Daí, pelo jeito, todos os coordenadores lá da escola nos viram lá, naquela zona perigosa e promíscua sem unifome, e ficaram bravos e preocupados. E tipo, lógico que nos atrasamos, chegamos lá na escola umas 14:30h, mas eee? A gente ficou uns dez minutos ouvindo uma louca assassina evangélica pregar sobre a igreja dela e nos olhar com cara de assassina total, eu tava com medo, na boa, principalmente depois que ela disse: "depois de batizados, podemos fazer o que quisermos na Terra, que o Reino estará garantido". Peralááááá, porra! Então ela podia me matar porque na mente dela isso não seria merda nenhuma, né?! Cara, suei frio quando ouvi aquilo, se eu já tava com medo, depois já até procurei a saída de emergencia milagrosa.
Beleza, que é perigoso a gente aprendeu, mas já que TRÊS COORDENADORES NOS VIRAM, CUSTAVA AS CRIATURAS DIVINAS PARAREM E FALAREM: EEEEI, ISSO AQUI É PERIGOSO. CARONA PRA ESCOLA, MENINAS?! Mas, nããão! Esperaram a gente morrer ou então sobreviver só pra ir pra coordenação depois. Aconteceu a segunda opção. Percebem que eu enfatizei bem a minha regata na rua, né?! Então, é porque quando cheguei lá, a minha ex coordenadora suuurtou, queria total explicação porque eu tava sem uniforme na rua, e porque fui só com o moletom da escola pra aula. Tipo, tentei explicar que a rua é pública e blá, e que eu não entendia o problema; mas daí achei mais importante eu tentar explicar que fui pra escola com a maldita porque sou p-o-o-o-o-b-r-e e só tenho duas míseras blusas e elas estavam pra lavar, mas tipo, tudo o que aconteceu foi o de sempre: a mulher me olhou com cara de nazista-alok-Hitler-pegael raivinha e daí viu que eu não tinha culpa de ter duas blusas, e teve que abaixar a cabeça e sair, com má vontade. O que meu coordenador falou pra mim, de boa, eu abaixo a cabeça e concordo. Maaass, assim: ele ligou pra minha mãe e contou pra ela os crimes daquela região, e o que ela fez?! Disse que não sabia que eu ia no centro. CAALMA! COMAÇIM NÃO?! Eu comeentei na segunda, seenhor! Mancada, né?!

Enfim, voltei pra casa, expliquei tudo pros meus responsáveis-sustentadores-pais e eles entenderam. Mas isso não impede do inspetor, por motivos misteriosos, estar com raivinha de mim e da Mandy, ainda.

Continua, ok? A semana foi longa.

domingo, 18 de abril de 2010

Brilho de um verão eterno.

Era 1975 e as ruas do interior de Minas ainda não eram asfaltadas, os velhos fumavam seus cigarrinhos de palha sentados em seus banquinhos e as mulheres tricotavam e fuxicavam sem parar. As crianças eram felizes, meninos brincavam de carrinhos e meninas de bonecas; moços e moças se paqueravam. E eu? Eu era uma menina tola de dez anos de idade, sentada no meio-fio da calçada, olhando as estrelas que começavam a aparecer no céu.
Naquela época eu não sabia direito o que era exterior, praia, mar e neve. Era sempre aquilo lá mesmo: calor de um eterno verão, com uma velha boneca surrada, cheiro do bolo de chocolate vindo do fogão, pirralhada correndo e gritando, e alguns sonhos. Pouca coisa, grande coisa.
Naquele ano eu ainda não tinha descoberto quem era Caio Abreu, Raul Seixas, Beatles, Dostoiévski ou Lispector; mas eu não chamo isso de ignorância, chamo de ausência de qualquer coisa.
Com o tempo aprendi que ignorância é não ser feliz porque se acha bom demais para sociedade, ignorância é conhecer obras dos mais admiráveis escritores e compositores do mundo, mas nunca ter tido um sonho para quando crescer.
Sei lá, hoje posso dizer que já passei seis meses convivendo com a neve, namorei embaixo de um guarda-sol no meio de Copacabana e gritei "Toca Raaaul" no show do próprio. Não preciso mais sonhar com estrelas, elas vem até mim e as pessoas dizem que sou uma delas; posso dizer que há tempos nao vejo a rua de pedras do interior de Minas, e há muito mais tempo aposentei minha boneca surrada.
Mas não posso dizer que me esqueci daquele ar quente das ruas, daquele brilho de estrela distante e do cheiro de bolo. Posso dizer também que tem coisas que crescem dentro da gente conforme a gente cresce dentro do mundo.


O eterno verão da minha infância é uma dessas coisas.

sábado, 17 de abril de 2010

Duas coisas:

releve só as coisas ruins.
revele só as coisas boas.

Me ensina?

domingo, 11 de abril de 2010

Rir. É suficiente.

O problema de escrever é ser feliz. Ser feliz exige que seu coração esteja completo, sem você precisar amar alguém em particular. Exige tanto espaço que ocupa todas suas entranhas e se torna algo tão grande que você não precisa de muitas outras coisas. Palavras é uma dessas coisas desnecessárias diante da felicidade. Felicidade é algo tão ingênuo que apenas pede pra você inspirar o que há ao seu redor; expirar o que está dentro de ti? Risada já basta.



Antes que eu me esqueça, estou feliz.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Atraso pouco é bobagem.

Era 1950 e a garota esqueceu de nascer; seja lá quem organiza as almas nem se deu conta de que a menina havia se distraído bem na hora errada, meu Deus.
Nem nascera e já era tão errada, tão distraída. O que fazer com uma bobinha assim?
Ela esperou, claro.
Já era 1995 e, por fim, a menina nasceu. Nasceu quase morrendo, quase indo embora sem nem ao menos ter chego. Por teimosia, curiosidade ou seja lá o que for, a menina resolveu ficar. Afinal, esperou tanto tempo pra sair tão rapidinho?
Aí então ela notou que ela esperou muito tempo... Tempo suficiente para não dar nem tempo dela ter ido num show dos Ramones ou ter abraçado Clarice Lispector.
Tarde demais.

Ai dela, meu Deus.

domingo, 4 de abril de 2010

"Simplesmente eu: Clarice Lispector".

Estava em cartaz a peça "Simplesmente eu: Clarice Lispector",no Rio, interpretada pela Beth Goulart. Deve ter sido fantástica!
E o ingresso era somente R$15,00 (a inteira). =/
Daria tudo pra ter ido. :~





Alguém foi? Comenta aí. :D


P.S.: Feliz páscoa pra todo mundo ;)

quarta-feira, 31 de março de 2010

É! Beatles, ô infeliz.

Puta que o pariu!
Eu, que já sou meio anti-social, tenho pé atrás com pessoinhas que se acham AS melhores só porque usam bojo e pintam o cabelo (como se isso não fosse comum...) e etc... Agora piorou bem mais o meu nível de seletividade brutal.

Estava eu, toda feliz e empolgada, até que solto um:

- AAAH, Beatles! *-*

Então, me aparece uma oxigenada acéfala efusiva imbecil garota e me diz:

- Ah, Beatles?
- É!
- Bom, Beatles é...
- Você não sabe o que é The Beatles, criatura? (O_O)

(Pausa pra garota pensar).

- AAAAAAAH, SEEEEEEEEI! É aquela bandinha que os Jonas Brother ajudaram a divulgar, com Help, né?
- (Viro as costas, e vou embora).

Depois me perguntam porque sou implicante, acho livros e gatos mais legais e ainda porque as pessoas tem vontade de matar quando os tímpanos são feitos de banheiros coletivos das favelas de Bombai.

domingo, 28 de março de 2010

A gente cresce.


E deixa saudades.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Ponto final.

Enfim, agora não tenho mais pena de mim e nem de você por não estarmos juntos. Não somos um do outro porque não tem que ser, oras. Ter pena do imutável?
Um dia a gente percebe que há certas coisas que são realmente mais felizes do jeito que estão.

domingo, 21 de março de 2010

Drogas qualqueres.

De um certo modo grosseiro, quero que se fodam as pessoas que pensam que maconha é imoral, álcool faz mal e cigarro é mortal.
Porque são justamente essas pessoas que nunca se viciaram em um certo alguém e é por isso que não sabem que prejudicial mesmo é você depender de algo não comercial.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Fato.

Paixão é a coisa mais sem nexo que há, se analizarmos bem. Todos falam dela, a maioria já viveu algo do tipo, mas nunca vi ninguém parar para pensar que isso é igual sequestros relampagos. Um dia você acorda livre, e sem motivo algum, dorme preso.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Sometime.

Às vezes eu me canso de ser sincera, e sou a mais falsa que posso ser; também me canso de ser errada, e acabo sendo a pessoa mais politicamente correta que existe. Às vezes eu me canso de viver, e morro por alguns minutos; também me canso da realidade, e aciono a minha esquizofrênia momentanea. Às vezes não aguento me segurar em pé e de cabeça erguida, então me jogo; também me esqueço de viver, e então eu começo a sobreviver. Às vezes sinto falta de te amar, e daí eu apenas penso que te amo, só por medo de confirmar que você já era faz tempo.

Mas, só às vezes.

terça-feira, 16 de março de 2010

Irracional

Não espere de mim nada além de um ato sem razão,
qualquer coisa e um coração,
cigarro na mão,
resposta com palavrão,
confiança e perdição.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Alienígenas. Alienados?

Em um outro planeta de alguma galáxia não muito distante...

- Agnózio! Hoje aprendi na escola que existe um planeta chamado Terra, e lá é uma zona meio perigosa, os professores disseram que as autoridades daqui nos obrigam a manter distância deles.
- É, Miótiba.
- Maaass, porque?
- Oras, imaginemos um planeta lindo, que do Espaço ele apareça azul e dentro dele tenha lugares verdes, com água, animais, luzes, vida, festa e floresta para proteger todas espécies que existem. Então vamos imaginar que nesse lugar exista uma espécie dominadora, que, em muitos casos, resolvem os problemas atacando a própria espécie, utilizam gases mortais e explosivos, sem pensar duas vezes em apertar gatilhos; ela destrói o próprio planeta sem nem ter garantia que exista outro bom para viverem; e até derrama sangue inocente por um deus que nem é provável. Um lugar onde existe um sistema que dita as regras, e há palavrões como: burocracia e hipocrisia. Também existe uma coisa que é estranha... Essa espécie ri dela mesma se o outro indivíduo for diferente ou com algum problema. Ela faz tanta cagada que até outras espécies - que julgam como inferiores - são mais legais e cativantes. Essa tal espécie dominadora muitas vezes brinca até machucar os sentimentos dos outros, fazem coisas más por diversão. E pra piorar, eles também tem mães e muitas fazem terrorismo psicológicos com os próprios filhos. Esse lugar não é muito legal, definitivamente.
- E isso existe ou é filme de terror?
- Ah, esse lugar é a Terra, Miótiba.
- O_O
- É, e... hahah, eles falam que nós somos mais destruídores que eles; e além disso, estão tentando chegar até nós...
- SOCOOOOOOOOOOOOOOOOORRO!
- Calma, Miótiba... Estamos a anos luz deles.
- Ufa! Agora você me deu medo, hein Agnózio?


#tosquisse.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Pelo bem da humanidade,

nunca se apaixone por alguém que se julga normal.
É fim de carreira.

domingo, 7 de março de 2010

Se lançar.

Ele queria gritar,
ela precisava de ar.
O moço não conhecia o verbo chorar
enquanto a menina queria alguém pra perguntar:
o que significa se apaixonar?

A terra necessitada de mar,
as estrelas careciam de amar.

Enquanto as nações escreviam: "matar!",
os loucos viviam para beijar,
os jovens precisavam dançar
e os apaixonados somente queriam transar.

Enquanto os tiranos gritavam: "guerrear!",
as pessoas sonhavam em apaziguar.

Pular.
Voar.
Lutar.
Amar.
Sonhar.

sábado, 6 de março de 2010

Fases de um amor bom.

Só lhe peço um favor:
Viole minhas leis,
destrua meus reis.

Xeque.

Três segundos antes estava tudo no lugar, calmo e constante. Antes. Antes somente havia suposições sobre o cara de cabelo bagunçado e meias engraçadas amar aquela garota de cabelo organizado e roupa típica de mulherão que sabe o que quer. Antes todos sabiam, todos viam e falavam do amor deles sem nem ao menos os dois saberem que aquele sentimento existia, sem nem ao menos eles terem noção da reciprocidade daquilo. Antes eles riam e davam as mãos e brigavam e riam e choravam e corriam e solucionavam... Melhores amigos, não é mesmo? Antes ele bancava de forte e poderoso para todos, ela bancava de racional, fria e insensível. A diferença é que somente os dois sabiam a fragilidade um do outro, ela sabia dos medos dele e ele sabia da vulnerabilidade dela.
Agora eles também sabem. Agora ele sabe o que quer, sabe quem é a vida dele e quem ele deseja ter em seus braços. Agora ela sabe que alguém a ama mesmo com todos seus defeitos e estranhezas, e que ela também é capaz de amar. Agora que ele percebeu que aquela garota fria e toda científica é quem faz seu mundo girar, e ela percebeu que o cara com tanta crença e divertido é quem faz seu coração bater. Agora ele tem medo porque a garota é tão frágil e tão quebrável que ela se envolve numa muralha de gelo, e se ele machucá-la, o mundo dela desabaria. Agora ela também tem medo porque a amizade deles é tão importante e essencial que, se ela acabar com tudo aquilo, ele desmoronaria.
Mas exatamente agora ele está na frente da garota, olhando dentro dos olhos esverdeados dela e tentando decifrá-los. Ela olha para ele com uma ansiedade incomum, tentando prever os atos dele. Ele toma coragem: "Eu te amo". Silêncio. Ele tem uma sensação de burrice suprema, sem saber da reação dela. Ela olha para ele com emoção e dúvida, querendo saber o sentido do amor, se aquilo realmente era o mesmo amor que o dela. Só uma forma de saber. Ela põe as duas mãos na face do homem e o beija. Ele a envolve pela cintura e corresponde.

Xeque - mate.

(E depois? Tudo acaba? Não... Ainda creio que a sorte saberá o que fazer).

segunda-feira, 1 de março de 2010

Preenchimento vazio.


Na verdade (a garota sempre tentando ser transparente consigo mesmo, uma quase adaptação de Macabéa), não sei como começar esse texto, talvez porque não saiba nem como organizar as palavras certas, no lugar certo da minha mente inundada por essa perdição desconexa.
Pensando bem, o que há dentro de mim se trata de quê? Acho que é um preenchimento vazio... Algo existente entre minha mente e meu coração, um certo lugar que não sei localizar. E agora me pergunto: Será que esse lugar é a tão falada alma?
Sei lá, mas, milagrosamente, acho que sei sobre o que é esse vazio. É vazio de amor, de abraço, de corpos entrelaçados e olhos desejosos; também vazio de boca faminta, sorriso sincero e felicidade mútua.
O preenchimento se trata de memórias inexistentes, saudades de não sei o que, flashs psicodélicos e tristeza. Tristeza? Então é amor... Talvez? Não, é o oposto dele, é a incapacidade de tê-lo. Dor de amor dói, mas a morte e falta dele é de uma tristeza implacável: quase um velório com caixão lacrado e vazio, com o corpo perdido por aí. É ver a vida em branco e preto, bonita, confusa e tão sem graça, repleta de uma indiferença desconcertante.
O coração teima em bater. Mas e a lágrima? O riso? Os sonhos?? Teimam em não existir.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

O futuro é te recuperar.

Sei que nós dois éramos bons amigos, você conhecia meus medos escondidos, eu guardava segredos proibidos, estávamos ligados, comprometidos*. Acho que era julho de 83, eu sempre esqueço do dia, mas lembro do mês*; eu tinha apenas 8 anos quando nós nos conhecemos lá na rua da minha casa, a gente brincava e aprontava, e foram muitos anos felizes de sorrisos e amizade, até que um dia aconteceu*. Eu quis matar todos seus amigos falsos e fingidos que sorriam ao me ver. E encontrava companhia num copo de bebida, um cigarro ou outra droga qualquer*.
Eu não como, eu não rio, eu não sei o que é adormecer.Me desculpe se eu fechar os olhos e desaparecer*. Você não é mais a mesma, você mudou pra valer, e um sorriso de seus lábios não terei*.E eu ainda tenho uma tarde inteira, eu ando nas ruas, eu troco um cheque, eu mudo uma planta do lugar*. Mas ficou tudo fora do lugar, café sem açúcar, dança sem par*. Revivo toda noite na beira deste mar, olhando as velhas fotos que eu bati; eu sei que isso não traz você de volta para mim e olhar você pela janela é ilusão, mas meu princípio ainda esta longe do fim*. Eu vou tentar fazer você feliz nem que seja pela última vez; eu vou tentar fazer você sentir tudo como na primeira vez*.


OBS: Cada asterísco que tem aí representa que a frase que acabou é pedaço da letra de uma música. A legenda está aí embaixo. Como podem ver, o texto todo é uma imensa combinação de várias músicas. :D

* Nenhum de Nós - Igual a você.
* Nenhum de Nós - Julho de 83.
* Mr. Gym - Minha juventude.
* Hateen - 1997.
* Capital Inicial - Eu nunca disse adeus.
* Ira! - Boneca de Cera.
* Cássia Eller - Malandragem.
* Cazuza - O nosso amor a gente inventa.
* Tequila Baby - Velhas fotos.
* Ira! - Eu vou tentar.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Verso esquelético.

Imersa num amor cético,
com alegria naufragada num anti-séptico,
o timbre do silêncio se torna eclético,
e todo bêbado vira poético

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Vocês + selinho.

People *-*
Ah, como eu amo vocês, cara! Tá, agora eu preciso falar sobre vocês aqui, sabe?
Porque, sei lá, haaja amor! Vocês já me defenderam de plagiadora (*-*), e uns dizem que amam meu blog, outros além disso dizem que o Cansei fez diferença em suas vidas. Não sei muito o que falar, porque nessas horas 'obrigado' se torna tão clichê; mesmo não tendo muitos comentários e tals, cada um de vocês que me lêem são importantes pra mim, cada dos 192 seguidores me deixam tããão felizes (cara! quase 200 seguidores não é todo blogueiro que tem, né mesmo?)!
Enfim, adoro vocês, de verdade.
E...
Tem selinho!









Ganhei da -gabs, valeu mesmo, linda!

  • Como sabem, o selinho tem suas regras. A regra deste selo é indicá-lo para sete blogs, e falar 7 coisas sobre você. Vamos lá:
  1. Enquanto você se esforça pra ser um sujeito normal e fazer tudo igual, eu do meu lado aprendendo a ser louco, um maluco total, na loucura real. haha';
  2. Tô adooorando as aulas de literatura (mesmo mesmo!) *-*;
  3. Queria ter nascido nos anos 50;
  4. Três palavras que me resumem: Estranheza, paradoxo e liberalismo;
  5. Sou desafinadissíma;
  6. Totalmente a favor da adoção (seja de crianças ou animais);
  7. Sou careta, não curto micareta.

  • Indicados:

Brincando de Verdade, Jaqueta e Saia, Felicidade Clandestina, Entre.Linhas, Dezessete e poucos anos, Palhaçadas a Parte e Cansei de inventar.

Beeijos.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Tudo que é bom dura pouco,

e não acaba cedo.

Heey amores, tudo bons?

Como muitos sabem, e muitos não, o Tudo de Blog chegou ao fim, simplesmente não tem mais.
O TDB era muito mais que escrever pra Capricho e ter nosso blog divulgado, através dele conheci blogueiras muito especiais e talentosas, trocamos presentes, cartas, desabafos, risos, ideias... Enfim, uma espécie de família.
Sinceramente, fiquei meio triste, sim... Esperar as pautas da Naty Duprat e escrevê-las era tããão legal! Poréém, meus caros, não é tamanha surpresa o término, não? Afinal, Cássia Eller há muito já falava que o "sempre" sempre acaba, e é a mais pura verdade.
Por fim, a Capricho lançará um outro projeto,dessa vez, não mais apenas com blogs, mas com todas as meninas (os) que gostem de escrever histórias legais. Será um concurso de fanfiction com uma super celebridade julgando. Quem quiser, participe lá! (:

Então é isso, pessoal!
Beeeijão e obrigada por todo mundo que descobriu o Cansei de vocês lá no TDB e virou leitor daqui.
Até mais.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Assalto emocional.

Me dê café, cigarro, e um vinil do Nirvana (é! Quero vinil, mais antigo, mais bonito).
Ah, antes de ir, me dê você... porque é o que eu mais preciso.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Hoje, amanhã e algo do tipo.


Ultimamente estou pensando muito nesses lances da gente ter uma única chance para viver. Daí pergunto quanto vale o silêncio. O abraço não dado. A palavra não dita. A opção nunca assumida. E a risada jamais solta. Então eu fico embaixo desse sol gelado das sete da manhã pensando comigo mesmo sobre esse negócio todo de desperdiçar nossa opinião por bobagem. Será que vale a pena abaixarmos a cabeça por medo de errar ou de causar má impressão? Será que não gritar, fugir, exigir e sorrir não está fazendo com que o tempo escorra entre os dedos e nem se quer fechamos a mão? Alguém aqui já parou pra pensar o tempo inimaginável que existe eternidade adentro e somente temos alguns anos para sermos nós mesmos, e frequentemente desperdiçamos essa chance?
Existe um fato inquestionável: todo segundo tem gente morrendo e tem gente se esquecendo, e em algum desses segundos pode ser a gente mesmo, porque nisso não existe imunidade à ninguém.
Amanhã ou depois pode tudo explodir, e o que você fez até agora? Quantas vezes se declarou? Quantas vezes se impôs? Quantas vezes deu a cara pra bater? Quantas vezes foi realmente feliz? Sei lá, pode ser bobagem minha, mas penso que estamos aqui é pra fazer alguma coisa valer a pena... Porque quando acabar, o que lhe será cobrado não serão seus erros, e sim quantas chances jogou fora.


Afinal, qual é o valor do ato nunca cometido?

domingo, 31 de janeiro de 2010

Geralmente não se explica [2].

- Porque você insiste em não se importar?

(Algumas coisas são tão sem sentido que prefiro não gastar meu estoque de preocupação com elas, são assim porque são banais, ou inúteis, ou regradas demais. Também tenho uns pensamentos que de tão inúteis e espaçosos, são muito mais divertidos do que qualquer fofoqueira por aí. Sei que tem gente que precisa muito mais da minha preocupação do que a minha última nota, ou o choro da fulana que não achou a última bolsa Chanel. Das coisas que me importo, boa parte é amizade, a outra realmente é de coisa boba - e boa -, e também tem aquela parte que envolve a humanidade inteira e mais um pouco. As palavras gregas ou cheias de tabus que saem de certas bocas não me interessam nenhum pouco porque se eu fosse me importar com essas coisas, me esqueceria que a vida é tão rara, que de toda a eternidade, só temos uma chance para sermos nós mesmos, uns com 100 anos, outros com nem 100 segundos. Tanto faz, o que me importa mesmo é a raridade de certas coisas, só isso).

- Ah, sei lá, eu sou meio desligada mesmo.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Qual meu futuro, coração?

Sabe aquelas pessoas rigorosas com planos de futuro e que somente mudam o sentido de direção quando a própria mente pede? Pois é, eu não sou uma dessas pessoas.
Por muito tempo eu fui o tipo que achava amor bobagem e vivia mandando o coração "calar a boca", não que eu tinha planos para o futuro, mas sim porque achava isso fraco demais pra mim. Ultimamente minha visão do mundo e do futuro da minha vidinha mudou muito; se antes eu achava a voz do coração uma maluquisse, agora eu, pelo menos, ouço o que ela me fala; sei que amores chegam, geralmente nos ensinam algo e em sua maioria vão embora... Daí outro vem e resolve ficar. Sei também que o meu ideal é o que mais precisa me importar, mas também considero que uns dão certo, outros não. Há uma série de coisas indicando vários caminhos diferentes, tem todo aquele grito do seu coração, teimando para insistir em seu sentimento, mas também tem todo aquele processo de você pensar duas vezes no que está fazendo e por quem está fazendo; e não nego que subestimar um desses lados não seria analisar a situação por completo, seria quase que anulação de metade da sua decisão. Tudo o que fazemos é o rumo da nossa vida, penso que ele não vai ser mudado e nem destruído, ao longo dos tempos ele é apenas construído. Construir ele seguindo o coração e ficando com algum amor? Bom, hoje em dia eu toparia... Não só uma vez, mas quantas vezes for. Afinal, viver sem dinheiro, trabalho de alto nível e diploma talvez dê. O que eu não vou conseguir é viver na dúvida de que meu coração estava dizendo sobre algo melhor e maior, e não quis ouvir.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Eu casaria com você, sabia?


Não há quem não se encante com todo o seu jeitinho meigo de falar e de ver o mundo; aquele seu sorriso sincero, seus olhos cheios de paixão e sua alegria contagiante. Foi você a pessoa que mais me encantou até agora, digo, me encantou do jeito mais rápido do mundo, cerca de dez segundos depois que você entrou em cena, quando tentava fazer a Callie ficar felizinha, e me arrancou suspiros quando roubou-lhe um beijo (sendo que ninguém, nunca, me arrancou suspiros daquele jeito tão fácil e bonito). É por você que eu fico cada vez mais boba em cada episódio, cada santa cena em que você aparece; depois que te vi, sonho com uma loirinha sorridente durante a noite, e procuro sem parar uma pessoa igual você, que chega em casa cansada e mesmo assim tem tempo de me dizer eu te amo. Alguém séria e sorridente, tudo ao mesmo tempo; e que acredita na humanidade e em toda magia do mundo. Não só lindissíma por fora, mas maravilhosa por dentro... Que, se for preciso, lute contra o mundo todo por mim. Sem você meus ultimos textos apaixonadinhos e sonhadores não ficariam tão dóceis... E os suspiros e sorrisos bobos, então? Esses, coitados, nem existiriam. Porque se você não fosse apenas uma personagem de Grey's Anatomy, eu mandaria o mundo se explodir e casaria contigo. Seria exagero eu dizer que te amo, Arizona Robbins?


P.S.: Sou totaaalmente Calzona (Callie e Arizona), e acho o casal mais perfeito do mundo.
P.S.: O fato acima não me impede de morrer de amores pela Arizona, certo? rs
P.S.S.S.: Espeeeero mesmo que filhos da puta preconceituosos não taquem pedras. (:

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O avatar do diabo.

Se durante os 365 dias do ano, eu pudesse escolher apenas um dia para conhecer todos sentimentos e pensamentos de um outro alguém, qualquer alguém... Eu escolheria Miranda Priestly, com certeza! E tudo é pelo simples fato de todos cochicharem pelos corredores do mundo da moda que aquela mulher é diabólica e ela realmente agir como se fosse!Todo esse poder, rigidez e frieza que ela carrega sem revelar para ninguém o que ela realmente passou na vida toda, sentiu, pensou... Um mistério total dentro da mente daquela criatura;afinal, ninguém pode ser tão diabólica até para si mesmo. E aliás, imaginem a minha exclusividade!


E você? Seria avatar de quem?

(Bom, vamos para TODAS as pessoas que eu gostaria de saber o que se passa/passou na mente deles: John Lennon, Renato Russo, Clarice Lispector, J.K. Rowling, Shonda Rhamiz, Cazuza, Refugiado político da 2ª GM e Arizona Robbins [Grey's anatomy]).

Uma sociedade não tão alternativa, percebe-se.




Sentada na calçada, toda enxarcada pela chuva que ainda caia, a garota analisava o cara do outro lado da rua. Um cara jogado ao além, cheio de desdém pela sociedade inútil e ainda mais lotado de fumaça no cérebro. Tudo ao seu redor mostrava que nada mais sobrara, a não ser besterol e conformismo de uma gente que talvez saiba onde vai, mas não sabe porque está indo. Ela então olhou para seu all star todo surrado e sujo, para sua mochila com uma ou duas peças de roupa, e descobriu que também não sabia porque fugia. Em todo lado estaria infestado de gente sem sal nem açúcar, que sorri quando acha que deve e que também simula um choro aqui e outro ali quando acha mais propício; gente que, no fundo, simplesmente não se importa com nada além de si mesmo. Gente diferente da garota, do drogado do outro lado da rua e de diversas almas por aí; um povo sem vontade de protestar contra tudo que lhe faz mal, tudo que destrói seu moral, simplesmente porque deixa essas coisas entrarem em sua mente como veneno, corroendo-a o máximo que puder. Um pessoal que não faz parte da geração que um dia girou o mundo com todas suas ideologias; não, esse pessoal não faz parte da geração da Disney mágica e brilhante. Faz parte de uma geração de Disney dos Jonas Brothers, do ácido cerebral chamado Lady Gaga e de uma série de correntes segurando o pensamento. E é justamente essa geração que maltrata a garota, como murros no estômago, uma raiva de ser de uma geração que não lhe pertence. Porque a sociedade atual ensinou todos se conformarem em serem iguais, banais,cegos, e surdos mas se esqueceu de ensinar como se livrar dela.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Geralmente não se explica. [1]

- O que você pretende ser quando crescer?

(Quero seguir tudo o que acredito, sentir o gosto da cerveja na boca e pegar carona com amigos de noite, viajar sem rumo até a gasolina acabar e não ter posto nem celular. Sentir o vento direto no rosto enquanto vejo a paisagem passar o mais rápido que o motor puder. Provar que não preciso ser grande coisa e nem ter grandes imóveis para ser feliz. Pagar o menor imposto possível, e dar o máximo de risada que conseguir. Quero fazer algo que me permite ensinar os outros que a vida é muito mais que somente decepções ou então empregados te servindo o tempo todo, que sinceridade tem muito mais haver com alma limpa e tranquila do que com fatos. Quero ser alguém que quero, e não alguém que querem que seja. Ser realmente livre, entende?).

- Ainda não sei ao certo.


P.S.: Estou fazendo uma série - que ninguém sabe se terá futuro ou não, na verdade decidi porque não sabia ao certo o título do post, rs - chamada: Geralmente não se explica. Tudo o que eu penso, mas não dá pra ficar explicando ou dizendo pra cada ser humano que pergunta. Rs.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

E um dia,

um dia você encontrará alguma pessoa que te dê a mão antes mesmo de você cair; que faça sua saudades chegar por apenas algumas horas e espantá-la somente por conta da risada do outro lado da linha telefonica. Algum dia desses você há de encontrar alguém que vai pedir lanche ao invés de pizza, não porque gosta de lanches, mas sim porque gosta da garota que come o lanche. E essa pessoa fará você sorrir ao acordar e fará de tudo para não magoá-la; se esforçará para espantar todas feridas em aberto dentro de você.
Algum dia desses você vai se deparar com ele, e um vai logo reconhecer o outro, mesmo sem nem ao menos conhecer. Porque eu não estou falando que você encontrará a sua alma gêmea em algum lugar por aí, estou falando que você vai encontrar um cara que simplesmente vai ser o que você não tem, mas o que você mais precisa.


E isso é porque eu, você e Deus sabemos que você merece essa pessoa.


Blogs da Becka: Lessblue e Pensamentos aleatórios
E esse post foi uma espécie de resposta pra esse post aqui dela.

domingo, 10 de janeiro de 2010

É você

que me faz tanta falta. Eu sei que parece loucura e que nunca te vi, mas sinto uma falta do inexistente. Falta de acordar do seu lado e ficar com o rosto em contato com o seu, passar os primeiros minutos do dia vendo o seu sorriso sincero. Falta de beijar sua boca suave e sentir seus cabelos nos meus dedos. Sinto falta de olhar pela janela e ver a Torre Eiffel, e saber que depois pegaremos o avião rumo à Londres. Não sei porque sinto essa saudades de um futuro incerto ou sei lá, de uma inexistencia total. Honestamente, espero que um dia nos encontremos em Paris, meu bem.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Deísta, com orgulho.

Passei em frente de uma igreja esses dias, e concluí o que já sabia: Não acredito em religiões.
Fiz oito anos de catequese porque repeti o pré mais de três vezes, e saí quando estava na segunda etapa. Então me mudei para uma outra religião, muito mais regrada e tudo mais. Em ambas igrejas, tudo o que lembro de ter aprendido foi que isso e aquilo são pecados. Que ver The L Word é péssimo porque mostra muita gente fazendo "coisitas" erradas ("OMG! São lésbicas, que horror, que horror..." aff!), mas ouvir a merda da Hannah Montana não tem problema algum porque além das menininhas fofas ouvirem, não tem nada errado ali. Enfim, aprendi que determinadas coisas me levarão para o céu e que Jesus me amará se eu for tal coisa, mas uma grande maioria das coisas me levarão pro inferno e blablablá.
Sabe o que acho disso tudo? Que está errado!
Não que eu seja certa ou a dona da razão, mas também acho que eles não estão. Abaixar a cabeça e ser igual o resto não vão minimizar seus erros, pelo contrário, vão aumentar. Acima de qualquer homem designidado ou coisa parecida, está um Deus. Parece que o povo está passando por cima disso e ficando quase cego, alienado; todos querem parecer certos e bonzinhos, andar a favor da multidão porque acham que Deus amará isso... E ao mesmo tempo se esquecem que em momento algum Jesus amou os certos, os santos, ou os gênios, mas Ele amou as pessoas, e, pelo jeito, continua amando.


P.S.: Aliás, "deísta" é quem acredita em Deus, mas não segue nenhuma religião.



/marrysempaciênciaparapréjulgamentos,bjs.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Nada.

- Eu não sei.
- Não sabe o que?
- Não sei o que escrever, o que dizer, o que sentir e o que pensar. Uma calmaria em forma de nada me faz ficar assim.
- ...
- ...

domingo, 3 de janeiro de 2010

Realidade. E aí?

A madame refinada se preocupa com a unha quebrada

Enquanto tudo o que ela tem é uma mente mal usada.

Costumava acreditar numa sociedade menos alienada,

No fim, entrei numa cilada.

O vizinho fuma crack e meus sonhos viraram pó,

Enquanto aqueles bobos

Acham que o mundo é um pão de ló.

Todos nos chamam de loucos, e a realidade

Sempre foi vista por poucos.

O seu José, lá da Liberdade,

Com cinco filhos, se encontra desempregado.

Político rouba e o povo fica calado.

Chega tudo, vou fumar meu baseado.

E quem dizer que estou errada é um besta retardado.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

:D

Heey people.
Vocês acham que eu não postaria no meu blog no 1º dia desse ano? Haha!
A virada do ano passei dormindo... quem mandou eu não dormir na noite anterior? rs
Espero que 2010 traga coisas ótimas, e coisas ruins também, para crescermos e levantarmos sozinhos depois de cada queda. Espero mesmo que ele nos traga uma boa bagagem pra levarmos na história da nossa vida (essa frase me lembrou música sertaneja... mas enfim!) e que no fim, possamos sorrir e dizer que valeu a pena. :D

E que nesses 365 dias nos veremos muitas vezes!

Beeijos, e feliz ano novo.