domingo, 19 de setembro de 2010

Gostava tantos das borboletas.

Sabe o auge do fascínio gelado? É quando você se torna capaz de ler Caio F. Abreu e se indentificar com frase por frase, queixa por queixa. Com o café, a nicotina, o olhar distante pela janela de qualquer lugar, o travesseiro ensopado, a música repetida, o telefone mudo por opção e a agonia quando há pessoas ao seu redor.
Toda o misto de raiva e tédio quando as pessoas dizem que amar alguém é bom e te faz bem e blá blá blá. Por Deus (ou pelo Diabo, tanto me faz), quando você ama e a pessoa fica em cima do muro, só fazendo besteiras e aparentemente frio.. Bom, isso não é uma propaganda de Trident ou Sonho de Valsa. Isso dói, sufoca e machuca. E a sua única saída é desistir, porque se você não desiste, você descobre que o amor errado é como borboletas ao contrário. No começo, elas voam no seu estômago te fazendo sonhar. Aí elas vão virando larvas se alimentando de você (com a mísera esperança de crescer), e te impedem de dormir.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Coisas estúpidas.

  1. Brasileiro é engraçado. Reclamam que os políticos enganam e são uns filhos da puta, mas cá entre nós, tá tudo mais do que na cara. É só reparar no horário eleitoral: sorrisos forçados, planejamentos fantasmas, difamações e influenciamento de opinião pública. Ah, acima de tudo: Está tudo maquiado, o que não está, é - no minímo - horroroso.
  2. Se você não percebe o quanto a pessoa que você ama não te merece, você é um coitado. Se você percebe quão imbecil essa pessoa é por não te amar, você é um prepotente.
  3. Você sendo sincero, é grosso. Sendo simpático, é falso.
  4. Quando você acha que não tem paciência com a sociedade, vem mais um ano eleitoral.
  5. Amar errado faz com que tudo fique errado: quando você quer chorar, ninguém tem real paciência. Quando quer realmente esquecer, o mundo inteiro vem perguntar do seu amor.
  6. Será que compensa fazer cartazes dizendo: "procura-se antiga expiração para escrever." ?????

Dá ou não vontade de mandar tudo para o raio que o parta?

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

de janeiro à janeiro.


(De janeiro à janeiro. Roberta Campos/partitura Nando Reis)


Ei, ouve isso.
Diz tudo o que se passa nesse meu coração estúpido, já que eu simplesmente não sei dizer; agora essa coisinha atômica que trago dentro do peito está um bebê birrento e eu sei que não posso fazer nada por ele.
Olha, tanto faz. Dane-se.
Ouve isso, e promete que acreditará em cada verso. Juro, meu coração somente se acalma quando ouço essa música porque sabe que algo no mundo o entende. Algo o salva dele mesmo.

(Já que não tenho a voz de quem ele precisa).

sábado, 4 de setembro de 2010

Ironizando uma irônia. Adoro.

Acho hilário. As pessoas se lembram de exigir notas, status sociais, dinheiro, sorrisinho e puxa-saquismo; mas se esquecem totalmente de exigir comportamentos civis.

*Civis, não do tipo que cumpre a lei à risca, mas sim quem consegue (no minímo) se distinguir d'um orangotango através da civilização.