domingo, 29 de agosto de 2010

Sei lá.

Sei lá. Tudo começa e termina com um "sei lá" gigantesco. E entre tudo isso existe o possível. A possível repetência, possível ditadura, possível ignorância, possível existencia, possível futuro.
A possibilidade não existe por conta da falta de. Também não existe por que fulano não te quer ou por que ciclano não se decidiu.
Veja bem: você não pode pedir reciprocidade amorosa, sexual, fraternal ou qualquer coisa; mas quando alguém não tem reciprocidade sincera por você, é porque não existe consideração nenhuma com a tua alma frustrada. Se não há consideração, não deveria haver absolutamente nada.
E você se encontra (de novo) no deserto de almas de Caio F.

domingo, 22 de agosto de 2010

Porque a vida não é um filme.

Ultimamente ando sincera demais, sabe. Com tudo e todos. Mais impulsiva do que sempre fui. Agora em toda boca tem alguém dizendo que pessoas geniais conseguem dar qualquer recado com pouquissímas palavras. Já fui assim, modéstia a parte; mas, sei lá. Ando calma demais, e assim vou percebendo que quando não perdemos o oxigênio, acabamos nos perdendo de nosso gênio.
Há tempos sinto falta dela mesmo ela estando próxima, uma certa dose de intocabilidade. Não ligo. No final tudo dá certo, protagonistas vivem juntos; acaba com um beijo ou um abraço. Foda-se se quer distância agora. Sempre haverá um barzinho qualquer, um maço de cigarros e uma xícara de café. A Torre Eiffel não vai perder o brilho, a chuva vai se repetir nos próximos cinco, dez, vinte anos. E meus braços não se importarão de esperar o final, para abraçá-la e perceber que todas noites em claro valeram a pena, toda esperança em tê-la do meu lado ao acordar em Paris e viajarmos para NY como presente de aniversário.
Brigaremos muito, nos detestaremos muito, mas tempo depois... Todo dia vai ser abraço, sorriso, beijo, orgasmo.

Mas daí vem a minha parte sincera e racional me assolar novamente, sussurrar no meu coração:

- Relaxa e esquece, baby. A vida não é um Hollywood. (Veja mais filmes franceses, seu tolinho).

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Bem que poderia.

Vamos combinar? Você faz o café e eu faço as rimas.
Nós vamos dar certo desse jeito. Será doce e suave. Café e rimas é certeza que dará tudo certo.

"- Mas e o resto?
- É, existe todo o resto... Não, não daríamos certo, então."

Ah, droga! Bem que poderia existir um mundo que, para tudo dar certo, somente importasse café e poesias. Será que existe?
Se existir, eu darei um jeito de ir até lá.
E você, meu bem... você iria junto comigo (viver um mundinho de blues, sexo, poesias e cafeína).



Combinado?

(O nome desse blog me inspirou, ok. *-*)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Algo assim.

Eu sei, sou pouca demais, pequena demais. E não digo somente no sentido literal da palavra, digo nas entre-letras dela. Me refiro às ranhuras, arranhões, pequenos espaços vazios; não tenho a certeza que agora falo dessas duas palavras, talvez eu fale de mim mesma. É como se toda anarquia da minha mente, toda violência da minha alma se rebaixasse ao choro e obediência partidária de um coração partido. Coraçãozinho teimoso e cego. Astuto, embora.
Não sei. Faço sentido para alguém? Agora está tudo dentro da minha cabeça gritando: "Diga isso!", "Faça aquilo!", "Fuja, garota!", "Não, não. Fique e insista, sua covarde!". E o que faço?
Me fecho em mim, com meus desamparos, meus gritos e minhas guerras pseudo-racionais. Lá fora também ouço uns gritos, umas exigencias apressadas, uns consolos, umas broncas.
Consigo lembrar quando te mandei uns dos diálogos mais lindos de Caio F. Abreu, quando ouvia uma música do Tequila Baby que me fazia lembrar você - não porque você gosta de rock, mas porque eu gosto e isso também me salva -, quando eu acordei desesperada às 3:43 da manhã e em plenos 8ºC eu, descalça, me preocupei se iria te encontrar ali acordada ou não.
Não, não exijo muita coisa em troca; não vou jogar na cara de ninguém o que meu coração resolveu me mandar. É que, de algum modo e em algum lugar, eu queria que você me mostrasse o sentido para toda esta sua falta de sentido, lógica, sentimento.
Enquanto não acho, procuro algo útil para repetir à mim mesma. Algo assim:
- Vai doer, menina. Mas vai passar, vai passar, vai passar, passar, passar...

sábado, 14 de agosto de 2010

O meu problema.

Sabe o problema?
É que eu preciso estar aqui, com as pessoas de sempre, as matérias de sempre, os livros de sempre, a chatisse de sempre, a aversão de sempre e a rotina massacrante de sempre. A sarjeta está proxima demais, o asfalto, a cara de tédio e o computador. A nicotina de sempre, meu bem. Na verdade, queria te falar algo que seja válido antes que o fogo chegue no filtro e não dê para aproveitar o bom sabor de um Marlboro. Mas, sei lá.. Parece tão mais fácil deixar tudo queimar, deixar essa insistência escapar e toda minha doce esperança se esvaziar.
Sabe porque? Porque pior que ver as caras estúpidas de sempre, é te querer o tempo todo e receber essas tuas atitudes de sempre.

Pra ser assim, meu bem, meu rock'n roll e minha dose dupla me deixam tão menos sós.



(Então, crianças, se vocês forem ao Mc Donald's e não quiserem mais comer, não comam! Porque senão vocês podem terem os textos de escritorazinha mal amada da década de 40 em plena França. Isso não é legal! E o que não é legal mesmo, é que enquanto você dá esse recado, você percebe que no fundo, o que você escreveu é realmente a tua realidade! =/).

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pois é.

Tem muita gente barroca, oca, louca, rouca. E eu, sem meu coração no lugar, me torno tão pouca.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Meu cabelo? Sumiu, baby.


Eaí? O que acharam?
Passei máquina dois hoje... adoorei!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Poderia chover.



Escreveria algo bom, bonito e romântico. Mas, olhe, está ventando demais, o céu escuro, ciscos voando na minha direção; e não chove, nem uma gota d'água escorre ali do infinito. E eu gosto tanto de chuva, dessa sensação tranquila das gotas escorrendo e tirando todo pó que sufoca.

E, não, essa descrição não se refere somente ao tempo lá fora.