sábado, 28 de novembro de 2009

Minha escolinha.

Gostaria de escrever meu discurso de final de ano aqui. O discurso que não falarei na formatura, o discurso pelo qual não sou oradora, porque ele não poderia ser diferente disso.


Esse ano aprendi que o mundo não irá para frente no futuro e que a minha geração é realmente uma droga. Olho no rosto de muitos e minha vontade de vomitar se torna enorme, seus sorrisos hipócritas e alienados são tão normais quanto as fofocas insanas e cruéis. Passei despercebida inúmeras vezes, ignorada outras... No silêncio, percebi que vocês acham que a herança dos seus pais, ou a droga de festas e bebidas que vocês consomem compulsivamente lhe dão direito de pisotear quem vocês quiserem, de rir e maltratar quem não concorda com a opinião raza e copiada de vocês. Suas brincadeiras são escrotas, suas indiretas e imaturidades provam que suas opiniões sobre o futuro e a humanidade é nula, que para vocês o mundo se baseia naquilo que vocês gostam e vivem, e que o resto pode ser descartado como lixo.
Enquanto ocupam o tempo tratando quem vê as coisas de outro modo como alienígenas, eu, não mais de uma vez, tentei dizer que a sua guerra de giz e o seu cabelinho banal é babaquice. Tentei alertar que essa felicidade é, na realidade, uma tragédia e uma caretice enorme, que a geração passada era muito melhor que essa por conta de pessoas como vocês. Que falar e fingir não é fazer o que quer e nem é ser a real pessoa que todos sabem que você é, só você ainda não reparou nisso.
Muitas vezes posso parecer má por não ter dó de vocês, mas e quem tem dó de mim? Que tem a mente atrofiada toda droga de manhã, olhando os olhinhos falsos de cada um e me segurando para não esganá-los e berrar até ficar rouca que vocês são um bando de infelizes. Ah! Como eu queria ser uma fada e destribuir cérebros (ou então destribruir balas na cabeça de muitos).
Sinceramente, as pessoas que eu sou legal com elas é porque eu realmente gosto e não tenho nada contra, mas infelizmente são tão raros que eu conto nos dedos. Eu não precisaria estar escrevendo nada disso se vocês, ao menos, percebecem que os outros não são bestas e que o céu é realmente maior; mas pena que não é assim. Esse ano acabou, até que enfim. Só desejo à muitos que vejam que as suas loucuras são apenas as realidades de muitos.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Banalize também! /ironia.

Lispector? Legião? All Star? Rock?

Banalizaram. Tudo. Tudo. Banalizaram até o molho de pimenta que eu ponho na coxinha. #tragico


P.S.: Só falta banalizarem os cogumelos azuis :(

domingo, 22 de novembro de 2009

Além de tudo.

Olho o horizonte misturado com um pano de fundo amarelado de um entardecer, e me lembro do seu antigo sorriso. Da sua antiga risada, do seu antigo olhar, da sua antiga força e da sua antiga voz. Então me deparo com o fato de que nada é antigo, mas tudo agora é inexistente. Seu corpo morto em uma caixa de madeira, tudo jogado, paralisado e frio. Mas nada morto, pelo contrário. Tudo está mais vivo do que nunca, as crianças correm no parquinho próximo, as pessoas riem e choram. Meus olhos correm de um lado para o outro sem saber onde parar,assim como um enorme nó se forma na minha garganta e meu coração bombeia o sangue com angustia e desentendimento, enquanto minha mente toma conta de procurar algum consolo para minha alma insistente, que sinto reclamar e exigir um por que. E percebo que de algum modo você está mais vivo que todos nós juntos. Sua alma procurando o verdadeiro caminho dela, sem se importar com as coisas impostas pelo mundo desentendido que chamamos de vida. Então entendo que tudo precisa continuar e tudo realmente acaba continuando independente de.


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

3 anos para o fim do mundo...

Toda loucura em finitos segundos. Se em 2012 tudo acabasse, eu sairia da escola, pegaria carona para qualquer lugar do mundo e seria feliz do meu jeito. Então lá pelo meio do último ano eu fugiria para África, assim estaria salva (por tempos).


GO! GO! GO!



(Agora sendo realmente sincera: se o mundo acabasse em 2012 eu mataria uma boa parte dos acéfalos que conheço e viveria de livros, festas, séries e muuuuuuito rock'n roll).

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Pessoas de almas vazias não valem a pena, não mesmo.

Tô lendo um livro, chamado O apanhador no campo de centeio (pra quem não sabe, este era o livro que o assassino de John Lennon estava lendo quando matou o ex-Beatle), vale muito a pena ler! É sobre um garoto que foi expulso do internato e abomina pessoas sacanas e vazias (me indentifiquei), também foge três dias antes de voltar para casa e fica em uma espelunca de NY, querendo saber para onde os patos voam quando o lago congela.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O que a saia curta (não) provoca.

Uniban, saia curta, expulsão, Brasil. Essas quatro palavras em uma mesma frase não fazem grande sentido. Muitos apontam que o problema seja a saia curta e a moça achar que estava arrasando. Mas, será?
Acho que o problema é que todos que participaram disso são pessoas que passaram em vestibular. Aprenderam todas as fórmulas e ortografias, mas não aprenderam a ter respeito com o próximo. Não aprenderam o que é liberdade de expressão; e também que o Afeganistão é um país pequeno lá da Ásia e não o maior país da América do Sul.
E saia justa mesmo, ficou a diretoria da Uniban, porque demonstrou que não sabia que mesmo as mulheres de saia curta tem direitos igual todo mundo e que por mais que a maioria esteja errada, os errados tem que serem punidos. Afinal, parece que o caso da saia curta tem muito mais a ver com civilização e mente pequena do que com uma saia curta.


P.S.: Texto sobre a garota expulsa da Uniban. Ontem vi o Debate MTV sobre isso, e é o que o Lobão disse: Os alunos que fizeram isso estão errados! Mas não é legal generalizar, galera!

Na dose certa vai.

" Hoje passando em frente a uma banca de jornais, vi penduradas algumas revistas destinadas ao seguimento “Teen”.

Primeiro constatei que hoje tudo parece resumido ao “marketing”. Existe inclusive o tal do “marketing pessoal”, vide os twitters da vida. Revistas, jornais, programas televisivos... são todos divididos e direcionados a “alvos” específicos. As revistas por exemplo: tem revista para público masculino adulto, masculino de meia idade “fitness”, revistas femininas para fêmeas descoladas, para senhoras e donas de casa noveleiras, revistas para crianças, revistas para intelectuais (estas vendem menos), revistas para pessoas de classes pobres, classes ricas, classes médias (ela ainda existe?), revistas para esportistas, amantes de carros, e muitas revistas para o público adolescente (o qual depois dos anos noventa passou-se a chamar “teen”). Sendo necessário ou não esse direcionamento exclusivo (aquele que exclui indivíduos) dos produtos materiais e culturais de hoje em dia, vou seguir no meu raciocínio sobre as revistas “teen”.

O que chama a atenção é que, em sua maioria, as revistas teen abordam temas quase sempre relacionados a FUTILIDADES e BANALIDADES da vida dos adolescentes. Ora, obviamente que a futilidade e a banalidade são partes necessárias desse grande todo cósmico universal em que nos encontramos, mas o problema é quando estes assuntos começam a predominar sobre outros de tanta ou maior importância para o nosso desenvolvimento. Nas capas, mês após mês, vêem-se jovens galãs sem muito mais a mostrar do que a sua forma física, além de chamadas do tipo: “como conseguir um corpão para o verão”, “dicas para você bombar na web”, “segredos para arrasar na balada”, “que roupa usar?”.

Mais uma vez é importante lembrar que para tudo existe uma medida, e talvez aí resida a arte do “saber viver”. Negar os assuntos fúteis seria impor a intelectualidade. Somos todos, adolescentes, adultos e idosos, ainda muito ligados nos assuntos materiais e superficiais. Queremos ter um corpo manero pro verão. É da nossa natureza, é necessário. Mas também é da nossa natureza a fome por conhecimento, cultura e espiritualidade. E aí o que rola é que negar a informação intelectual é impor a futilidade. Sem dúvida que essas revistas também possuem conteúdo educativo, mas analisando a proporção em relação aos assuntos “superficiais”, dá pra perceber quem predomina nessa balança desequilibrada.

Como veículos de comunicação em massa, as revistas “teen” deveriam possuir um senso de responsabilidade muito forte, dada a importância do papel que representam na formação do caráter dos jovens, nessa fase tão importante que é a adolescência. Torço para que a mulecada que está vindo por aí perceba isso, e corra atrás de fontes de informação que lhes tragam uma bagagem mais completa para a caminhada da vida. Fontes que não subestimem sua inteligência, e que lhes forneçam noções de ética, moral, amor ao próximo, espírito coletivo, fraternidade, cultura, história, ciência, e (na dose certa) até um pouquinho de futilidade."

sábado, 7 de novembro de 2009

Oh, baby.

Não, querida, pare de chorar.
Ontem eu olhei para o céu e vi nuvens negras em um céu vermelho. O meu sorriso enganava a todos, o mesmo sorriso que permanece agora. Quem vê, pensa que foi algo bobo; que eu não chorava o tempo todo e não tinha os nervos a flor da pele com taquicardias de hora em hora. E quer saber? Me machuquei como se colocassem arames enfarpados em mim, doeu mais que tudo. Doeu principalmente por não ter anestesia. Não sei se meu coração já está cicatrizado, não sei se ele melhorou ou se apenas me acostumei com a dor. Só descobri que não sinto nada, como se não tivesse acontecido algo tão frustrante comigo. Tão livre e forte como o vento entre o Atlântico e o Índico. Hoje eu não precisei olhar o céu, só pelo brilho nos meus olhos já sei que tem um sol brilhando lá em cima.
Querida, tente olhar para cima, tente fazer o que eu fiz. Está vendo por trás dessas nuvens escuras? Está vendo um brilho um pouco apagado lá no fundo da tormenta? Espere que é o sol. E quando você sentir o seu calor, perceberá que sua dor é algo inofencivo perto do brilho e do movimento de um céu azul.


Baby, compra o jornal e vem ver o sol, ele continua a brilhar apesar de tanta barbaridade. - Barão Vermelho.

P.S.: A Maria Rita ama chuva (no sentido real da palavra).

domingo, 1 de novembro de 2009

Sarjeta e felicidade.

Descobri que sentada numa sarjeta, jogando amendoins para o outro lado do estacionamento, eu me sinto muito mais feliz e de bom humor. Talvez seja porque minha fisioterapeuta está certa: sou extremamente seletiva com tudo, mas completamente desencanada com qualquer tipo de coisa. Vê que estranho.


Eu sou uma contradição e foge da minha mão fazer com que tudo que eu digo faça algum sentido - Pitty.