segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Só permitem uma vaga, bitch.

Quando era pequena, brincava que o útero da minha mãe era uma espécie de casa de férias... e com muito orgulho, somente eu ocupei aquele espaço. Nunca tive irmã e nem irmão, e acho que se existisse uma gemea minha, seria um infortúnio horrível. Já não gosto de dividir meu quarto por muito tempo, e imagine ouvir alguém chamar a minha mãe de mãe? Argth! Sou ciumenta com muitas coisas minhas, principalmente com as minhas características físicas; eu até aturaria se a outra gemea usasse cores parecidas com as minhas ou até gostasse dos mesmos blogs que eu, mas não consigo imaginar a minha reação ao ver uma criaturinha parecida comigo, com os olhos da mesma cor, com o mesmo tamanho e o cabelo castanho-claro por igual, acho que eu piraria! E quando eu era pequena? Seria uma chatisse e uma perda-de-orgulho-próprio eu dizer que a outra dividia o útero da minha mãe comigo, simplesmente porque ela foi interesseira e cortou a minha vaga pela metade! (Argth de novo). Além disso, as dúvidas seriam imensas. De quem gostam mais? Se fosse somente uma, quem nasceria? Ela ou eu? E se nos trocaram na maternidade? E o pior de tudo seria chegar na casa dos familiares sozinha e ouvir de cara a clássica frase: "Cadê a outra?". Seria eu lá, será que daria para pensarem somente na minha presença? Enfim, seria um roubo de vaga na barriga da minha mãe, e do jeito que sou, não me conformaria tão cedo com isso. E acho bom mesmo que de gêmeos só seja meu signo!






Marry é uma filha única (quase) normal, preguiçosa, espaçosa, bipolar, feliz, egoísta e com muuuuitos primos, primas, tios, e tias.

3 comentários:

Felicidade Clandestina. disse...

ADOREI!!escreves de um jeito magnífico, sério.
Bjos doces .

Natália Corrêa disse...

hahahaha
bem dito! eu também não gosto de dividir nada, quanto mais minha mãe. Tenho um irmão, mas faço terapia comigo mesmo, repetindo todo dia no banho: eu sou a mais amada, eu sou a mais amada. :PP

Luciana disse...

Acho que sei bem o que é isso. Tolinha, eu, que sempre pedi um irmãozinho quando era pequena, imagino o desaste que seria ter meu pedido aceito...
Na verdade, não se dizer se sou individualista porque não tenho um irmão ou se não tenho um irmão porque sou individualista. Ah, que seja, está ótimo assim.